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ITAúBA AMARELA (Mezilaurus itauba)

Nome comercial

Itaúba amarela

Nome científico (autor)

Mezilaurus itauba (Meisn) ex Mez

Família

Lauraceae

Nomes comuns

Itaúba-amarela, itaúba-vermelha, itaúba-abacate, itaúba-preta, louro-itaúba (Brasil); Kaneelhout (Surinam); Taoub jaune (French Guiana); Itaúba (Peru)

Nome científico sinônimo (autor

Acrodiclidium anacardioides Meisn., Acrodiclidium itauba Meisn., Endiandra itauba (Meisn.) Benth. & Hook. f., Mezilaurus anacardioides (Meisn.) Taub. ex Mez, Oreodaphne hookeriana Meisn., Silvia ita-uba (Meisn.) Mez

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Descrição botânica

Árvore de grande porte, chegando a 40 m de altura, e 80 cm de diâmetro. Possui casca avermelhada e fissurada. Folhas alternas, coriáceas, na ponta dos ramos, com pecíolo de 25 mm, elíticas ou oblongas, de ápice obtuso ou um pouco emarginado, com a base aguda; as adultas glabras, lusentes na página superior; nervuras, salientes nas 2 faces da folha. Inflorescência em panículas axilares, subglabras, com flores verde-amareladas de 1 mm, com segmentos muito pequenos . Fruto baga elipsoide, quase negra.

Habitat natural

Muito comum acerca de Óbidos no Pará e no Rio Tapajós; ao norte chega as Guianas, e para o sul do Pará atinge o norte do Mato Grosso; no este alcança a Venezuela. É encontrada em matas de terra firme em solo silico-argiloso pobre.

Meses de floração e frutificação

Floresce em março-abril e frutifica em junho-agosto.

Meses de floração

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.

Meses de frutificação

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.
Distribuição natural

Na região Amazônica, é muito comum em Óbidos (PA) e no rio Tapajós, sendo encontrada até nas Guianas e nos estados do Mato Grosso e Rondônia.

Usos locais da madeira

Na construção civil pesada para pontes, dormentes, postes, cruzetas, defensas, vigas, caibros, tesouras; assoalhos e tacos; na civil leve em marcos de portas e janelas. Na fabricação de móveis e suas partes; para forrar veículos; ferramentas agrícolas; peças torneadas. Na construção naval e embarcações

IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA

Descrição anatômica da madeira (macro e micro)

Parênquima axial invisível mesmo sob lente, paratraqueal escasso. Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial, finos, muito poucos a poucos. Vasos visíveis apenas sob lente, pequenos a médios; poucos; porosidade difusa; solitários, múltiplos e em cadeias radiais, obstruídos por tilos. Raios no topo, finos, numerosos, visíveis só sob lente com certa dificuldade; na face radial, o espelhado dos raios é pouco contrastado. Camadas de crescimento indistintas ou eventualmente delimitadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras. Parênquima vasicêntrico escasso, eventualmente difuso; seriado, de 2 a 8 células por série; óleo-resina abundante. Poros/Vasos pequenos a médios, 60 a 200 µm de diâmetro tangencial. Linhas vasculares numerosas, nítidas e obstruídas por tilos e óleos-resina; placa de perfuração simples; pontoações intervasculares grandes, de 11 a 15 µm de diâmetro, alternas; tilos abundantes; elementos vasculares curtos a muito longos, 390 a 500 µm de comprimento. Raios homocelulares com tendência a heterocelulares, com 1 a 2 camadas de células marginais quadradas; multisseriados, 2 a 4 células, predominância de 2 a 3 células de largura; poucos a pouco numerosos, 3 a 7 sendo a maioria de 5 a 7 raios por mm; extremamente baixos a baixos 290 a 1630 µm de altura, sendo os de 600 a 1000 µm, predominantes; 10 a 81 células de altura; pontoações radiovasculares de 14 a 24 µm de diâmetro, arredondadas ou ovais, com bordos distintos; sílica em agregados cristalinos e óleo-resina abundantes. Fibras septadas, curtas a muito longas, 1100 a 2200 µm de comprimento; estreitas e largas, de 18 a 40 µm de largura, com paredes espessas a muito espessas; pontoações simples. Células oleíferas presentes e numerosas.

  • Foto de madeira macroscópica (tangencial)
  • Foto da secção transversal microscopica
  • Foto de madeira microscópica (radial)
  • Foto de madeira microscópica (tangencial)
Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 453 - Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

DISPONIBILIDADE

Situação CITES sobre a proteção

Unrestricted

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

DESCRIÇÃO GERAL DA MADEIRA

Odor ou Cheiro

Agradável, levemente adoçicado para madeira úmida, mas pouco perceptível após a secagem.

Cor

Cerne amarelo-oliva quando úmido, tornando-se pardo-havana-claro com a exposição ao ar; alburno distinto, de cor bege-claro.

Indice de cor

6

Grã

Ondulada ou Revessa

Veios ou desenhos na superfície

Textura média e aspecto fibroso

Brilho

Superfície irregularmente lustrosa e lisa ao tato

DURABILIDADE NATURAL

É considerada de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos apodrecedores, cupins e xilófagos marinhos). Em experimento realizado em ambiente marinho foi moderadamente atacada por organismos xilófagos.

Indice de durabilidade natural

2

Tratamento preservativo

Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservantes. Ensaios com soluções hidrossolúveis, aplicados sob pressão, demonstraram que o alburno é difícil de tratar e o cerne é refratário. A madeira é difícil de preservar, apresentando retenção de preservativos oleossolúveis abaixo de 100 kg/m³.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 453 - Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA

Densidade básica (Peso seco/Volume saturado) (g/cm³)

0.8

Densidade seca ao ar 12% (g/cm³)

0.91

Contração Tangencial Total (Saturado até peso seco) (%)

8.1

Contração Radial Total (Saturado até peso seco) (%)

3.2

Defeitos causados pela secagem

A secagem ao ar é lenta e difícil, porém sem causar alta incidência de defeitos. A secagem artificial é reportada como lenta, com ocorrência acentuada de rachaduras e moderada de empenamentos.

Estabilidade dimensional (Contração Tangencial Total %/Contração Radial Total %)

2.6

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 453 - Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

PROPRIEDADES QUÍMICAS DA MADEIRA

PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA

Resistência a flexão a 12% (Módulo de ruptura) (kgf/cm²)

1263

Flexão Estática a 12% (Módulo de elasticidade) (kgf/cm²)

137675

Resistência a compressão paralela as fibras a 12% (kgf/cm²)

687

Resistência a compressão perpendicular as fibras a 12% (kgf/cm²)

155

Cisalhamento radial a 12% (kgf/cm²)

118

Dureza Janka a 12% (perpendicular) (kgf)

713

Dureza Janka a 12% (paralela) (kgf)

664

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

TRABALHABILIDADE

Serrar ou Cortar

Difícil pela presença de sílica

Desdobro da tora em torno para lâminas

Mezilaurus é interessante para corte.

Desdobro da tora em faqueadeira para lâminas

Mezilaurus é interessante para corte.

Desgaste de ferramentas

dentes das serras e forçar o corte

Aspectos do processamento em máquinas

Madeira moderadamente difícil de trabalhar com ferramentas manuais, e também em máquinas, pela presença de sílica em sua constituição.

Aplainamento

Esta operação é considerada difícil.

Torneamento

454

Comportamento na aplicação de pregos

Necessário realizar perfuração prévia.

Colagem

Fácil

Acabamento

Apesar da dificuldade de trabalhar com esta madeira, o acabamento é bom.

Operação de lustre da superfície (brilho)

Fácil

Trabalhabilidade com ferramentas manuais

Difícil

Espécies alternativas

M. synandra e M. navalium possuem madeiras com características similares.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 453 - Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira

USOS FINAIS RELATADOS

USOS FINAIS (RESUMO)

EXTERIOR, Pontes, Postes de energia, Cruzetas, Dormentes, CASAS, Vigas, Marcos de portas, MÓVEIS GABINETES, PEÇAS TORNEADAS, Artigos torneados, FERRAMENTAS, Cabos de instrumentos agrícolas, CONSTRUÇÃO NAVAL, Barcos

EXTERIOR
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Pontes
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Postes de energia
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Cruzetas
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Dormentes
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
CASAS
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Vigas
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Marcos de portas
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
MÓVEIS GABINETES
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Torneamento
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Artigos torneados
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
FERRAMENTAS
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Mangos herramientas
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Cabos de instrumentos agrícolas
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
CONSTRUÇÃO NAVAL
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
Barcos
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

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