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PEQUIá (Caryocar villosum)

Nome comercial

Pequiá

Nome científico (autor)

Caryocar villosum (Aubl.) Pers.

Família

Caryocaraceae

Nomes comuns

Sawari, Sawarie, Piquiá, piquiá-vermelho, piqui, pequiá, suari, petiá, amêndoa de espinho, grão de cavalo, pekia, cagüí, almendro, almendrón, almendrillo, ají, piquiá bravo, pequi; piquiá-ete (Brasil).

Nome científico sinônimo (autor

Caryocar butyrosum (Aubl.) Willd.; Caryocar villosum var. aesculifolium Wittm.; Caryocar villosum var. macrophyllum Wittm.; Pekea butyrosa Aubl.; Pekea villosa (Aubl.) Poir.; Rhizobolus butyrosus (Aubl.) J.F. Gmel.; Saouari villosa Aubl.

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Descrição botânica

Árvore grande usualmente alcançando posição de dossel superior ou emergente nas florestas primárias. À casca espessa e dura apresenta-se quase seca quando cortada, e causa coceria quando tocada. As folhas compostas e opostas se tornam muito escuras quando secas. As flores, dispostas em grupos de racimos, têm pétalas amarelo-claras e estames brancos. Os frutos são grandes, redondos e têm uma carne amarelada comestível (mesocarpo) ao redor de sementes espinhosas. Sua madeira é forte e dura, amarelada ao acinzentado, com uma veia áspera e compacta.

Habitat natural

Própria de floresta densa e de terra firme (floresta pluvial tropical latifoliada), que estende-se por vasta área da Depressão da Amazônia Setentrional, grande parte do Planalto do Amazonas-Orinoco ao Norte de Roraima, e recobre praticamente toda a região Amazônica.

Meses de floração e frutificação

Floresce nos meses de agosto e setembro. Os frutos amadurecem a partir de fevereiro-março até maio.

Meses de floração

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.

Meses de frutificação

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.
Facilidade de regeneração

Agentes dispersores: morcegos, mariposas, esfígeos

Distribuição natural

Toda a região Amazônica, das Guainas ao norte do Maranhão e do Atlântico ao Alto Amazonas.

Usos locais da madeira

Madeira empregada na construção naval, para confecção de cascos de pequenas embarcações, arcos e cubos de rodas, pilões, obras expostas como dormentes, postes e moirões.

Usos não madeiravéis

Os frutos são comestíveis depois de cozidos, principalmente a polpa, o caroço apresente amêndoa comestível em seu interior. Devido sua ação antimicrobiana é utilizado na indústria farmacêutica como fitoterápico, e também na indústria de cosméticos e alimentos.

Para mais informações
MAPA DE DISTRIBUÇÃO NATURAL (PUNTO VERMELHO = PRODUTOR FLORESTAL CERTIFICADO)

IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA

Descrição anatômica da madeira (macro e micro)

Parênquima axial distinto somente somente sob lente, apotraqueal difuso e sub-agreagado em seguimentos de linha, que se interligam, formando uma trama irregular. Parênquima paratraqueal aliforme, as vezes presentes, é escamoso. Poros e Vasos: bem visíveis a olho nu, solitários e múltiplos de 2 a 3, raramente com mais poros, muitos poucos com 2 a 7 mm2, geralmente médios a grandes 180 a 330 µm de diâmetro tangencial, sendo estes em sua maioria obstruídos por tilos. Pontuações intervasculares em pares areolados, alternadas, fendas inclusa, placa de perfuração simples. Raios no topo, finos e muito numerosos, somente visíveis sob lente, na face tangencial, irregularmente dispostos, pouco visíveis mesmo com a ajuda de lente, de 10 a 18 mm, extremamente baixos, com a 2 a 25 células de altura, pontuações radiovasculares em pares semi-áreolados ou simples, dispostos de forma de parede espessa, pontuações simples. Camadas de crescimento marcadas por zonas fibrosas bem regulares e, eventualmente, pelo parênquima marginal.

  • Foto de madeira macroscópica (transversal)
  • Foto de madeira macroscópica (tangencial)
Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

DISPONIBILIDADE

Situação CITES sobre a proteção

Unrestricted

Abundância relativa BAIXA. Volume total para árvores com mais de 40 cm d.a.p. <2 m³/ha

De 0.1 a 0.6 árvores/ha, com volume de 0.5 a 2.4 m³/ha.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira

DESCRIÇÃO GERAL DA MADEIRA

Odor ou Cheiro

Cheiro suave de fermento ou de vinagre

Cor

Cerne bege-amarelado a pardo-amarelado, ou ainda, pardo acinzentado.

Indice de cor

7

Grã

Grã diagonal e reversa, superfície levemente lustrosa, mediamente áspera, ou mesmo áspera ao tato.

Veios ou desenhos na superfície

Média

Brilho

Moderado

DURABILIDADE NATURAL

Em ensaios de laboratório, demonstrou ter alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.

Indice de durabilidade natural

3

Óleos ou resinas

Sim

Tratamento preservativo

Em laboratório, quando submetida a impregnação sob pressão, demonstrou ser de baixa permeabilidade as soluções preservantes.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA

Densidade básica (Peso seco/Volume saturado) (g/cm³)

0.63 (485)

Densidade seca ao ar 12% (g/cm³)

0.78 (485)

Contração Tangencial Total (Saturado até peso seco) (%)

8.5 (485)

Contração Radial Total (Saturado até peso seco) (%)

4.3 (485)

Contração Volumétrica Total (Saturado até peso seco) (%)

12.6 (485)

Defeitos causados pela secagem

A incidência de empenamentos pode ser alta, com distorções acentuadas; porém a incidência de rachaduras (de topo e de superfície) é reduzida. Condições severas de secagem podem ocasionar rachaduras internas e colapso.

Programa de secagem recomendável

A secagem ao ar da madeira de Pequiá pode ser considerada como moderada, enquanto que a secagem convencional é de difícil a moderada; requerendo cuidado na condução do processo. É sugerido um programa com Ti (temperatura inicial) = 40°C, Tf (temperatura final) = 65°C, e PS (potencial de secagem) = 2,0 (500).

Estabilidade dimensional (Contração Tangencial Total %/Contração Radial Total %)

2.0 (485)

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 485 - Pequiá
  • 505 - Sapucaia. Disponível em: http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=73

PROPRIEDADES QUÍMICAS DA MADEIRA

Poder calorífico (Kcal/kg)

4749

Propriedades para fazer papel

Teor de celulose de 54.1% e de lignina de 30.7%. A madeira deslignificada até número de permanganato de 25.6 produziu 40.9% de pasta depurada e 6.0% de rejeitos. As fibras da pasta de celulose apresentam um comprimento médio de 1.94 mm e largura média de 22.69 mm. Os ensaios mecânicos do papel produzido no laboratório a partir de celulose refinada até 51 SR indicaram valores de 6304 m para o comprimento de auto-ruptura e fator de rasgo de 191.3.

Extrativos_resinas_látex

Substâncias tanantes: determinadas em extrato aquoso da casca e madeira, não apresentam interesse econômico pelas pequenas quantidades obtidas.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 486 - ANÁLISE IMEDIATA DE BIOMASSAS AMAZÔNICAS

PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA

Resistência a flexão a 12% (Módulo de ruptura) (kgf/cm²)

647 (485)

Flexão Estática a 12% (Módulo de elasticidade) (kgf/cm²)

178 000 (485)

Resistência a compressão paralela as fibras a 12% (kgf/cm²)

474 (485)

Resistência a compressão perpendicular as fibras a 12% (kgf/cm²)

95 (485)

Cisalhamento radial a 12% (kgf/cm²)

124 (485)

Resistência a rachadura a 12% (kgf/m)

58 (485)

Dureza Janka a 12% (perpendicular) (kgf)

514 (485)

Dureza Janka a 12% (paralela) (kgf)

496 (485)

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 485 - Pequiá
  • 505 - Sapucaia. Disponível em: http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=73

TRABALHABILIDADE

Serrar ou Cortar

Difícil

Desdobro da tora em faqueadeira para lâminas

Não recomendado

Desgaste de ferramentas

Normal

Aspectos do processamento em máquinas

Difícil, acabamento regular

Aplainamento

Difícil, acabamento regular

Comportamento na aplicação de pregos

Bom, quando pré furado

Colagem

Ruim

Lixamento

Difícil, acabamento regular.

Acabamento

Tem um bom acabamento.

Aplicação de verniz

É relatada a terminar bem com tintas e vernizes.

Trabalhabilidade com ferramentas manuais

Difícil, acabamento regular.

Espécies alternativas

C. villosum is reported to have similar characteristics to the African species Azobe (Lophira alata) and Bate (Mansonia altissima). Piquias' mechanical properties are sharply superior than Shagbark Hickory (Carya ovata)

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 457 - Atlas de maderas tropicales de América Latina
  • 485 - Pequiá

USOS FINAIS RELATADOS

USOS FINAIS (RESUMO)

EXTERIOR, Pontes, Dormentes, CASAS, Vigas, Vigotas, Pisos, FERRAMENTAS, Cabos de instrumentos agrícolas, PALETES PARA EMBALAGENS, Paletes, CAIXA GRANDE OU CONTAINER, Tábuas para barris, CONSTRUÇÃO NAVAL, Barcos, Casco para barcos, Esquadro de barco, Coberta para barcos, ARTIGOS MUSICAIS VARIADOS, Eixos para carroças, Alma de porta

EXTERIOR
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Pontes
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Dormentes
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
CASAS
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Vigas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Vigotas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Pisos
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
FERRAMENTAS
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Cabos de instrumentos agrícolas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
PALETES PARA EMBALAGENS
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Paletes
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
CAIXA GRANDE OU CONTAINER
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Tanoaria
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
CONSTRUÇÃO NAVAL
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira
Barcos
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Casco para barcos
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira
Esquadro de barco
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira
Coberta para barcos
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira
Eixos para carroças
  • 456 - rvores e Madeiras Úteis do Brasil - Manual de Dendrologia Brasileira
Alma de porta
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras

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